segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Enquete no Senado: Vote a favor do Ato Médico

A Agência Senado está promovendo uma enquete, através do seu site, sobre a regulamentação da medicina. A pergunta "você é a favor ou contra a regulamentação do exercício da medicina nos termos do projeto PLS 268/02?" ficará no ar até o fim de dezembro e pode ser acessada na página principal da Agência. Em apenas dois dias, a enquete já recebeu 3.544 votos, sendo 30,45% a favor e 69,55% contra a regulamentação da medicina.

Dê o seu voto a favor do projeto, que foi aprovado em outubro pela Câmara dos Deputados, e, agora, aguarda a avaliação dos senadores. Para dizer SIM ao Ato Médico, acesse agora mesmo a página da Agência Senado. O endereço é o seguinte: http://www.senado.gov.br/agencia/default.aspx?mob=0. Avise aos outros médicos e defensores da proposta para fazer o mesmo.

Muito se tem falado sobre este projeto de lei, que trará grandes benefícios para a sociedade. No entanto, os que são contra usam argumentos falsos e procuram induzir à confusão e à polêmica. Confira as verdades e mentiras sobre o ato, o que fortalecerá sua argumentação junto aos outros profissionais da área da saúde e à população.

VERDADES E MENTIRAS SOBRE O PL 7703/06

1- Das diversas profissões que atuam na área da saúde no Brasil, apenas a Medicina não tem o seu exercício profissional regulamentado em Lei, o que agora se pretende corrigir com a aprovação do PL. Talvez pelo fato da Medicina ser a mais antiga das profissões da Saúde, nunca houve a preocupação de regulamentá-la. Como nos últimos tempos alguns procedimentos que deveriam ser realizados exclusivamente por médicos - do ponto de vista técnico–científico, legal e de responsabilidade civil - passaram a ser executados por profissionais não-médicos, surgiu a necessidade de definição legal das atividades que são ou não privativas de quem tem a formação médica.

2- Como é facilmente compreensível para quem lê o inteiro teor do PL e não apenas “pinçando” alguns de seus artigos para interpretações errôneas, o PL não ofende nem pretende se sobrepor às outras profissões da Saúde, muito menos colocá-las em posição subalterna. Não existe no PL qualquer referência que permita este tipo de interpretação, a não ser por desinformação ou má intenção de pessoas com outros objetivos. Pelo contrário, em vários de seus artigos e parágrafos o PL evidencia de maneira bastante clara o respeito pelas atribuições das outras profissões. Sugerimos a leitura atenta do PL, especialmente o artigo 3, os parágrafos 2, 5, 6 e, principalmente, o parágrafo 7 do artigo 4, além do parágrafo único do artigo 5. < /span>

3- O PL vem sendo amplamente debatido há mais de 7 anos, primeiramente no Senado e agora pela Câmara, retornando novamente ao Senado; se finalmente aprovado, seguirá para sanção presidencial. Neste processo foram ouvidos inúmeros setores da Sociedade, em várias audiências públicas, com ampla participação das Entidades representativas de todas as profissões da Saúde, até a edição do texto final que atende, principalmente, às necessidades da população brasileira.

4- A regulamentação da profissão de médico é essencial para proteção da sociedade, para evitar que pessoas sem preparo técnico adequado pratiquem atos danosos à saúde das pessoas. Uma leitura atenta, isenta, sem preconceitos e honesta do PL mostra, com clareza, que não se pretende - e nem seria possível - excluir outras profissões do atendimento à saúde dos cidadãos e nem mesmo limitar as suas atribuições. O que se pretende é evidenciar que uma equipe de saúde deve contar com vários profissionais, de maneira harmoniosa e integrada, nas suas atribuições específicas, incluindo os médicos. Afinal, ao contrario do que pensam alguns, ainda não é possível fazer Medicina sem médico.

Para mandar um e-mail ao Senador de seu Estado, solicitando a aprovação pelo Senado do PL-7703/2006, acesse o link: http://www.apm.org.br/regulamentacaodamedicina/

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Lei do Ato Médico

Alguns profissionais que trabalham na área de saúde mostram-se inconformados com a aprovação da Lei da Medicina. Dizem que, a partir de agora, só poderão exercer suas atividades se estiverem "subordinados" aos médicos. Isto não é verdade, porque os parágrafos 6 e 7 do art. 4º da nova Lei GARANTE o RESPEITO às atividades dos outros 13 profissionais de saúde, desde que previstas em suas respectivas leis.

Vejamos o que dizem estes parágrafos:

§ 6º O disposto neste artigo não se aplica ao exercício da Odontologia, no âmbito de sua área de atuação.

§ 7º São resguardadas as competências específicas das profissões de assistente social, biólogo, biomédico, enfermeiro, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista, profissional de educação física, psicólogo, terapeuta ocupacional e técnico e tecnólogo de radiologia e outras que venham a ser regulamentadas

Os textos são claros, não deixam margem à dúvida sobre o respeito às profissões regulamentadas.

Outros atacam o projeto de lei dizendo que ele "restringe" as atividades das outras profissões, o que também não é verdade.

O parágrafo 5 do mesmo art. 4º mostra que vários procedimentos – como aplicação de injeções, passagem de sondas, curativos, realização de exames, entre outros – NÃO SÃO exclusivos de médicos, podendo ser realizados por outros profissionais. Senão, vejamos:

§ 5º Excetuam-se do rol de atividades privativas do médico:

I – aplicação de injeções subcutâneas, intradérmicas, intramusculares e intravenosas, de acordo com a prescrição médica;

II – cateterização nasofaringeana, orotraqueal, esofágica, gástrica, enteral, anal, vesical, e venosa periférica, de acordo com a prescrição médica;

III – aspiração nasofaringeana ou orotraqueal;

IV – punções venosa e arterial periféricas, de acordo com a prescrição médica;

V – realização de curativo com desbridamento até o limite do tecido subcutâneo, sem a necessidade de tratamento cirúrgico;

VI – atendimento à pessoa sob risco de morte iminente;

VII – a realização dos exames citopatológicos e seus respectivos laudos;

VIII – a coleta de material biológico para realização de análises clínico-laboratoriais;

IX – os procedimentos realizados através de orifícios naturais em estruturas anatômicas visando a recuperação físico-funcional e não comprometendo a estrutura celular e tecidual.

Em relação à falsa polêmica sobre a exclusividade do diagnóstico, a nova Lei estabelece como privativo do médico o diagnóstico de doenças e não qualquer tipo de diagnóstico. O parágrafo 2 do Art. 4º é também claro ao estabelecer que:

§ 2º Não são privativos dos médicos os diagnósticos psicológico, nutricional e socioambiental e as avaliações comportamental e das capacidades mental, sensorial, perceptocognitiva e psicomotora.

Também é preciso deixar claro que a nova Lei NÃO "desestabiliza" o SUS, e ainda cuida de fortalecer o trabalho EM EQUIPE na área da saúde. É o que garante o seu art.3º:

Art. 3º O médico integrante da equipe de saúde que assiste o indivíduo ou a coletividade atuará em mútua colaboração com os demais profissionais de saúde que a compõem.

Ao relacionar o que NÃO É EXCLUSIVO do médico, a Lei garante a liberdade de atuação dos demais profissionais de saúde.

O PL que regulamenta a Medicina define basicamente as atribuições exclusivas do médico: diagnosticar doenças e prescrever o tratamento do paciente. Diz que cabe exclusivamente ao médico internar e dar alta aos pacientes em hospitais, bem como atestar as condições de saúde e/ou de doença das pessoas. E que o médico é também o único profissional responsável por emitir o atestado de óbito.

Nada de novo. O projeto de lei simplesmente aprova o que a sociedade já sabe e espera dos médicos.

Não custa lembrar que a Lei que está sendo aprovada agora regulamenta a mais antiga das profissões da área da saúde – a Medicina –, a única que não havia sido regulamentada até agora. Todas as outras profissões já têm suas leis, definindo as atribuições de cada profissional.

Com a regulamentação da Medicina ficará claro – em Lei – as atribuições dos médicos, as coisas que só eles fazem e que só eles estão preparados para fazer. Isto não só impedirá que outras pessoas exerçam atividades típicas dos médicos, como também exigirá dos próprios médicos maior responsabilidade na execução de suas funções.

Não restam dúvidas: quem mais se beneficiará com a aprovação da Lei será a sociedade brasileira, principalmente os segmentos menos favorecidos.


Fonte : COMISSÃO NACIONAL EM DEFESA DO ATO MÉDICO

domingo, 18 de outubro de 2009

18 de outubro - Dia dos Médicos

PARABÉNS PARA TODOS OS MÉDICOS!

Poema para os médicos


Estão sob juramento divino
que lhes confere poder e proteção,
nascem desde sempre com o mesmo destino:
caminhar mansamente entre luzes e escuridão.

Trazem consigo a bagagem da eternidade
zelando pelos que buscam, apreensivos, a salvação.
Não dormem, fecham os olhos por necessidade
para abri-los novamente em outra dimensão.

Suportam sombras e medos
sem esquecer sua nobre missão:
assegurar que os suspiros seguros entre seus dedos
não escorram, doloridos, para a imensidão.

Levam a esperança em forma de gente
através da serpente envolvendo o bastão,
e quando sofrem ou choram tristemente
fazem dos céus o seu único chão.

Permanecem embalados pelo conhecimento
que lhes chama constantemente à razão
porque não se deixam levar pelo tempo
ao terem as mãos presas à elevação...


Laís Scodeler


quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Médicos não precisam mais preencher CID nas guias de consultas e exames

Depois de um longo período de discussões, inclusive com ações na Justiça, as entidades médicas nacionais – FENAM, Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Médica Brasileira (AMB) -, conseguiram vencer a resistência das operadoras de saúde e a partir desta quinta-feira, 01/10, os médicos que prestam serviços aos planos de saúde não precisam mais continuar preenchendo o Código Internacional de Doenças (CID) nas guias de solicitação de consultas e exames. A decisão foi tomada durante reunião do Comitê de Padronização das Informações em Saúde Suplementar (COPISS), realizada na sede da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), no Rio de Janeiro. Com isso, o CID só precisa ser preenchido nas guias de internação, conforme prevê resolução do CFM. O secretário de Saúde Suplementar da FENAM, Márcio Bichara, que representou a entidade na reunião, alerta que qualquer exigência por partes dos planos de saúde deve ser denunciada às entidades médicas.

Fonte: FENAM

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Sinvastatina na Sepse

Shyamsundar et al estudaram 30 voluntários sadios que receberam LPS com ou sem o uso prévio de simvastatina. Os autores mostaram que o grupo que recebeu o pré-tratamento com simvastatina apresentou uma redução da resposta inflamatória avaliada através de broncoscopia (neutrófilos, mieloperoxidase, TNF) e sangue (PCR).

Shyamsundar M et al: Am J Resp Crit Care Med 2009: 179:1107-1114

Flávio E. Nácul - Artigos Comentados em Medicina Intensiva

domingo, 4 de outubro de 2009

"Não está ocioso apenas aquele que não faz nada, mas também aquele que poderia fazer algo melhor." Socrates

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Exposição ocupacional à radiação ionizante em ambiente hospitalar

Saúde e Trabalho

Rita de Cássia Flor
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem.

O trabalhador de saúde encontra-se exposto a diversas cargas de trabalho no ambiente hospitalar, entre elas a carga física de radiação ionizante, objeto deste estudo, o qual foi realizado em um hospital público de Santa Catarina, em uma abordagem qualitativa. O objetivo deste estudo foi analisar o processo de trabalho com trabalhadores expostos à radiação ionizante na Unidade de Terapia intensiva (UTI) neonatal e geral, no centro cirúrgico e no setor de diagnose complementar, assim como construir com os trabalhadores medidas de radioproteção de acordo com o contexto de trabalho encontrado. O referencial teórico está composto pela teoria do processo de trabalho aplicado à saúde, a qual dá sustentação ao estudo do trabalho com radiação ionizante e suas cargas de trabalho e ao processo saúde doença no uso das radiações ionizantes na saúde. A metodologia fundamentou-se nos pressupostos do Modelo Operário Italiano (MOI), ou seja, a valorização da experiência e subjetividade dos trabalhadores, a validação consensual das informações, a formação dos grupos homogêneos e a não delegação da produção do conhecimento. Seguindo esses pressupostos foram constituídos quatro grupos homogêneos, perfazendo o total de 32 participantes que responderam a uma entrevista coletiva, seguida de análise documental e de monitoração das áreas estudadas. Os resultados mostraram que os profissionais de saúde dos setores pesquisados expõem-se às radiações ionizantes, devido, principalmente, às condições dos clientes que necessitam de avaliação constante da função respiratória mediante exames radiológicos nos leitos, assim como pela assistência em determinados procedimentos, como instrumentar e auxiliar em cirurgias ortopédica e urológica guiada por equipamentos emissores de radiação, bem como pela falta de conhecimento no que tange à radioproteção. Diante dessas constatações foram validadas pelos grupos homogêneos medidas de prevenção a essas exposições de modo a minimizar possíveis efeitos biológicos das radiações ionizantes. Assim foram sugeridos: colocação de biombos de chumbo na UTI geral, no centro cirúrgico e na UTI neonatal; implantação de programa de educação permanente com temas relativos à radioproteção; controle ocupacional semestral como preceitua a legislação para os profissionais expostos à radiação ionizante; contratação de um profissional físico nuclear para tratar dos assuntos referentes à radioproteção na instituição; monitoração individual dos trabalhadores do centro cirúrgico; rodízio com as equipes de cirurgias ortopédicas e urológicas e, por fim, que seja avaliada, periodicamente, a necessidade dos exames radiológicos nos leitos, em conjunto com os trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente nessa exposição.

CPI dos Cursos de Medicina

O deputado estadual Celso Giglio (PSDB/SP), presidente da CPI que vai investigar a proliferação dos cursos de medicina disse estar preocupado com o grande número de abertura de novas faculdades de medicina. Em entrevista exclusiva à Rádio FENAM, o deputado apontou que a qualidade do ensino médico vai ser um dos principais pontos questionados durante a CPI.

"A gente percebe profissionais que saem da faculdade sem muito conhecimento e nós queremos que as faculdades se qualifiquem mais para formar bons médicos."

O deputado disse ainda que quer levar a discussão para âmbito nacional, uma vez que esta CPI vai analisar apenas faculdades do estado de São Paulo.

Treino em Excesso - Overtraining

Com o crescimento e a popularização da corrida no Brasil, há um grupo cada vez maior de corredores, no qual eu me incluo. No grupo há também os atletas obstinados, que acabam ficando ‘viciados’ em correr. Sim, a prática desta atividade gera muitos benefícios, os estudos estão aí para comprovar, mas sempre tem quem exagera. Um número considerável de corredores pode ter passado ou ainda vão passar por uma fase chamada de overtraining (OT).

O OT nada mais é do que o desequilíbrio entre o treinamento e a recuperação. Diversos fatores podem agir para que ele apareça e estrague a festa: sono, alimentação, stress e treinamento inadequados. A vontade de querer correr mais, mais rápido, emagrecer em poucas semanas e outras metas ambiciosas pode provocar este desequilíbrio fisiológico. Um dos papéis do preparador físico é justamente atuar na dosagem do treinamento e monitorar a recuperação do praticante, não só evitando o OT, mas principalmente levando o atleta a atingir seus objetivos.

Existem formas de saber objetivamente se o atleta está em OT ou não. Por enquanto os marcadores mais confiáveis são obtidos através de análises sanguíneas. Esta é mais uma razão para que os esportistas, principalmente os mais dedicados, realizem periodicamente exames de sangue para monitorar um ou mais marcadores de OT, além de outras variáveis relacionadas à saúde, como o colesterol, glicemia, ácido úrico, etc. Discuta isso com o seu médico.



sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Dia 10 de Novembro - Dia do Intensivista

Após trabalho junto à Câmara dos Deputados, a AMIB conquistou mais uma vitória: oficializar o dia 10 de novembro como o Dia Nacional do Intensivista. O Projeto de Lei 6367/2005 é de autoria do deputado Rafael Guerra e tem como relator o também deputado Eduardo Seabra. A justificativa apresentada pelo autor reforça a missão da entidade de buscar a valorização da especialidade junto à classe médica e à população em geral. "Essa é a primeira grande vitória da nossa campanha Orgulho de Ser Intensivista, que ainda tem como meta a desmistificação da UTI como um local de terminalidade e sim de proteção", diz Álvaro Réa-Neto, presidente da AMIB.

"Homenagear os médicos intensivistas que desempenha tarefas nas Unidades de Tratamento Intensivo - UTIs é uma forma de destacarmos a atividade profissional, a dedicação e a importância deste segmento para a nossa sociedade", diz o texto. Ainda na justificativa, foi apresentada a história da Associação de Medicina Intensiva Brasileira, fundada em 10 de novembro de 1980. "Esta entidade busca sempre a excelência na capacitação e qualificação profissional; a humanização das UTIs, envolvendo pacientes, familiares e equipes; fomenta a pesquisa; valoriza os princípios éticos e bioéticos e tem o compromisso com a responsabilidade social e defesa da assistência universal nas questões de saúde".

Serviço:
Projeto: PL 6367/2005
Autor: Deputado Rafael Guerra (PSDB/MG)
Relator: Deputado Eduardo Seabra (PTB/AP)
Posição do Movimento Médico: Favorável
Para acessar: http://www.camara.gov.br/sileg/Prop_Detalhe.asp?id=309455

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Gestão de Saúde

Michael Porter é reconhecidamente o maior especialista em estratégia nas empresas. Suas teorias sobre forças competitivas, gestão, tipos de estratégias, relacionamento entre empresas e cadeias de valor o colocam como sendo o grande gurú da administração das corporações modernas. Em seu modelo de gestão, todos as etapas são conduzidas por processos adequados e dirigidos para a sustentabilidade da coporação.
Ele é o Sigmund Freud da gestão corporativa.
Em sua releitura dos sistemas de saúde Michael Porter, aponta várias facetas do problema da falta de foco no paciente.
Hoje abordaremos a questão da escolha dos serviços médicos:
No sistema atual, os pacientes não escolhem os serviços médicos pela qualidade, na maior parte das vezes esta escolha é realizada pelo convênio pagador do serviço. Nesta premissa, a qualidade do serviço prestado não é avaliada pelo convênio ou pela sociedade. Sómente quando acontece algo muito fora do comum ou aberrante é que os demais elos da corrente ficam sabendo. Ninguem sabe quais são os resultados dos tratamentos realizados por cada hospital. Será que a equipe é boa no que faz? Será que o hospital compra os remédios nas dosagens certas? Será que o valor que o convênio paga permite que o médico consiga estudar para tratar melhor seus doentes? Porque os funcionários dos hospitais tratam mal as pessoas? Porque os resultados e os processos internos dos hopsitais não são publicados e auditados?
Perguntas como estas são fundamentais para que possamos escolher aonde vamos levar nossos queridos para serem tratados.
Caso a excelência do serviço prestado seja valorizada, a escolha do serviço médico será realizada pelo cliente tendo em mente a qualidade dos serviçois prestados. Os bons serviços serão recompensados, quem não for competente no que faz, que faça melhor ou mude de ramo.



Overfeeding - Hieprglicemia

"Pacientes recebendo nutrição parenteral não têm demonstrado maior risco de morte, porém elevado risco de complicações infecciosas. À hiperglicemia e à maior resistência insulínica atribuem-se esta maior incidência de desfechos desfavoráveis [Dissanaike et al. Crit Care 11:R114]. Entretanto, em um estudo observacional com 200 pacientes de uma UTI Geral, em uso de NPT e sob controle estrito da glicemia, Dissanaike et al. demonstraram ser o risco de infecção de corrente sanguínea (ICS) diretamente proporcional ao aporte calórico, independentemente dos níveis glicêmicos. Pacientes recebendo >40 kcal/kg/dia tem risco 4 vezes maior de infecções de corrente sanguínea se comparados aos com aporte overfeeding, ou hiperalimentação - também apresentam maior risco de ICS. [Surpreende que] episódios de hiperalimentação frequentemente não são deliberados: resultam simplesmente de calorias adicionais ofertadas com agentes sedativos (p.ex.: propofol) ou da diluição de drogas em soro glicosado. [...] Esse estudo demonstra o quanto subestimamos a hiper-oferta calórica na prática diária e levanta importantes questionamentos a respeito da eficácia do controle glicêmico rigoroso per se na redução do risco de morbidade infecciosa; não é o caso salvo reduza-se também o grau de overfeeding. ALÉM DISSO, O CONTROLE GLICÊMICO ESTRITO PODE CRIAR A FALSA SEGURANÇA DE GLICEMIAS "NORMAIS" ENQUANTO A HIPERALIMENTAÇÃO - NO PASSADO EVIDENTE NA FORMA DA HIPERGLICEMIA - PASSA HOJE DESPERCEBIDA".

Referência:
Loh NHW, Griffiths RD. The Curse of overfeeding and the blight of underfeeding. Yearbook of intensive care medicine 2009, pag. 675, Ed. Springer.

Ato Médico é aprovado na Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados

Por: Taciana Giesel

O Projeto de Lei 7703/06, que define a área de atuação, as atividades privativas e os cargos privativos dos médicos, conhecido como projeto do Ato Médico, foi aprovado nesta quarta-feira, 19/08, pela Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP) da Câmara dos Deputados. Depois de muita discussão, o substitutivo do deputado Edinho Bez (PMDB/SC), favorável à proposta de regulamentação da atividade médica, recebeu a aprovação dos parlamentares.

Leia mais

sábado, 8 de agosto de 2009

Eleições para Associado-Representante


Inscrição de candidatos a Associado-Representante para cada uma das Associações Estaduais.
Data: 06 a 15/08 no site da AMIB: Processo eleitoral

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O site Cancer de Mama está com problemas, pois não tem o número de acessos e cliques necessários para alcançar a cota que lhes permite oferecer UMA mamografia gratuita diariamente a mulheres de baixa renda. Demora menos de um segundo, ir ao site e clicar na imagem cor-de-rosa que diz Campanha da Mamografia Digital Gratuita.

Não custa nada e é por meio do número diário de pessoas que clicam que os patrocinadores oferecem a mamografia em troca de publicidade.

Este gesto fará uma enorme diferença.

http://cancerdemama.com.br

sábado, 1 de agosto de 2009

Lembrete


AMIB em ritmo de eleições.
Votos serão colhidos somente pelo site da AMIB.
Atualize seu login e senha para poder votar.

Visite o site da AMIB para maiores detalhes:
Processo Eleitoral - AMIB

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Processo Eleitoral - AMIB

A Comissão Eleitoral (CEL) da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) informou o resultado final da 1º FASE do processo eleitoral para a Diretoria Executiva - Biênio 2010/2011. Foram inscritos e homologados dois candidatos, o Dr. Afonso José Celente Soares (RJ) e o Dr. Ederlon Alves de Carvalho Rezende (SP).

A 2ª FASE do processo eleitoral ocorrerá entre os dias 6 a 15 de agosto, quando os dois candidatos deverão entregar a composição completa de sua chapa à CEL. Entre os dias 16 e 19 do mesmo mês, acontecerá a análise e homologação das chapas, e no dia seguinte, 20 de agosto, a divulgação aos associados. As chapas deverão ser compostas por Diretor Presidente, Diretor Vice-Presidente, Diretor Secretário Geral, Diretor Tesoureiro e Diretor Executivo do Fundo AMIB.

Maiores informações: http://www.amib.org.br/noticias.asp?cod_site=0&id_noticia=266&keyword=Processo_Eleitoral_2009

Nova Ortografia Médica

TERMOS MÉDICOS E A NOVA ORTOGRAFIA / MEDICAL TERMS AND THE NEW RULES ON PORTUGUESE LANGUAGE SPELLING

Muitos termos médicos sofreram alterações ortográficas com o novo acordo em vigor desde 1º de janeiro de 2009 ( período de transição até 31 de dezembro de 2012).


Exemplos de vocábulos médicos com nova ortografia:

ANTI-INFLAMATÓRIO
ANTISSÉPTICO
AUTOANTICORPO
AUTOINTOXICAÇÃO
CEFALEIA
CONTRAINDICAÇÃO
DIARREIA
EXTRA-ARTICULAR
HIPER-REFLEXIA
MICRO-ORGANISMO
PARANOIA
PRÉ-ANESTÉSICO
PÓS-GRADUAÇÃO
SUPRARRENAL
ULTRASSONOGRAFIA


Fonte: Blog História da Medicina by Dr. Elvio Armando Tuoto

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Orgulho de ser Intensivista

Estamos envolvidos em uma campanha de valorização do intensivista, cujo o slogan é "Orgulho de Ser Intensivista", com o apoio da AMB e uma iniciativa da AMIB. A primeira etapa desta campanha terá 100 dias e será dedicada ao publico leigo e aos nossos colegas de outras especialidades. Em uma outra etapa, entre outras ações, estaremos focando os planos de saúde, com o apoio da ANS. A campanha contará com a participação das sociedades regionais de terapia intensiva para identificação dos hospitais que receberão o material promocional, mas contamos também com todos vocês.

Leia: Veja Online

Lembrete

IMPORTANTE
Dia 31 de julho - sexta-feira
Último dia para inscrição da prova de Título da AMIB
Coloque na sua agenda.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Título de Especialista

As provas serão realizadas nos dias 11 e 15 de novembro de 2009, respectivamente, durante o XIV Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva, que acontecerá de 11 a 14 de novembro de 2009, no Palácio das Convenções no Anhembi e no Holiday Inn Parque Anhembi, em São Paulo (SP), em horários que serão divulgados no portal da AMIB com 30 dias de antecedência.

O candidato poderá se inscrever, até dia 31 de julho de 2009, por meio do site da AMIB (http://www.amib.org.br/), na seção "Título de Especialista", na qual deverá preencher o formulário, que deve ser impresso e enviado para a sede da associação, por correio, anexado às cópias dos documentos solicitados.

O valor do concurso é de R$ 448,00 para associado adimplente da AMIB e de R$ 896,00 para não associado.

A prova teórica terá cem questões de múltipla escolha, com duração de quatro horas. Esta etapa será eliminatória, sendo que terão o direito de prestar a prova de habilidades os candidatos que atingirem a pontuação mínima de 60 pontos.

A prova de habilidades será uma avaliação prática com simulação de procedimentos em Terapia Intensiva, contemplando os domínios Ventilação Mecânica, Acesso Vascular, Vias Aéreas, manobras de RCP e ECP, e discussão de seis casos clínicos, com cinco questões cada um. "O candidato que, nessa fase, alcançar a 60 pontos será considerado apto a receber o título", acrescenta o presidente.

O teste será dividido em duas partes: discussão de casos e prova de habilidades. Na primeira, os candidatos serão divididos em dois grupos, que por sua vez serão subdivididos em outros dois, facilitando a logística da prova. Cada candidato terá 1h30 para responder às perguntas de dois avaliadores.

Posteriormente, na prova de habilidades, que terá dois turnos (manhã e tarde), os candidatos, que dessa vez serão divididos em três grupos, passarão, em sistema de rodízio, pelas estações práticas. Nesse caso, cada pretendente ao título será examinado também por dois avaliadores.

"Esse modelo de prova já é utilizado por diversas sociedades médicas e tem se mostrado eficiente para avaliar as habilidades do candidato, atestando sua qualificação", explica o Dr. Fernando Dias, presidente da Comissão de Título de Especialista.

Saiba mais clicando aqui:http://www.amib.org.br/noticias.asp?cod_site=0&id_noticia=220&keyword=Concurso_de_Título_de_Especialista


quarta-feira, 27 de maio de 2009

Salário médico no setor privado é aprovado por unanimidade pela Comissão do Trabalho




O PL 3.734/08 que define o salário mínimo profissional dos médicos e cirurgiões dentistas em R$ 7 mil por 20h/semanais foi aprovado por unanimidade pelos membros da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público. A votação foi realizada nesta quarta-feira (27/05) na Câmara dos Deputados, em Brasília.

domingo, 24 de maio de 2009

Revisão: Receptores Toll-Like e PAMPs

Receptores Toll-like são receptores localizados na membrana celular que possuem a capacidade de identicar os PAMPs. Os PAMPs são moléculas associados à patógenos cujo principal exemplo é o lipopolissacarídeo que está associado aos agentes Gram negativos. A interação entre os receptores Toll-like e um dos PAMPs dá inicio a resposta inflamatória.

PAMPs (Pathogen-associated molecular patterns) são moléculas existentes em bactérias e virus que estimulam a resposta inflamatória após serem identificadas como non-self pelos receptores toll-loke. O grupo de PAMPs inclui o lipopolissacarídeo das bactérias Gram negativas e a flagelina e ácido lipoteicóico das bactéria Gram positivas.

Flávio E. Nácul

Fatores de riscos para DELIRIUM - o que podemos mudar?

Risk factors for delirium in intensive care patients: a prospective cohort study.
Van Rompaey B, Elseviers MM, Schuurmans MJ, Shortridge-Baggett LM, Truijen S, Bossaert L. Critical Care. 2009; 13: R17.

Delirium tem sido uma entidade cada vez mais estudada nos últimos anos, já tendo sido descrita a sua contribuição para a permanência em ventilação mecânica e mortalidade nos pacientes críticos. Esse estudo pretende delinear os fatores de risco para o desenvolvimento de delirium no CTI. Os autores acharam que a incidência de delirium foi de 30%. Idade, interessantemente, não foi um fator de risco. Entre os fatores não modificáveis que predispunham ao desenvolvimento de delirium, estavam: Tabagismo, etilismo, viver só em casa, gravidade da doença, déficit cognitivo prévio e coma. Entre os fatores possivelmente ou potencialmente modificáveis, foi encontrado: Uso de ventilação mecânica, uso de drenos, cateteres e tubos, uso de medicação psicoativa e sedação prévia. Fatores relacionados ao ambiente também foram bastante importantes, como: isolamento, ausência de visita, ausência de visibilidade da luz do dia, transferência de outra enfermaria e uso de contenção física.

Cássia Righy

MÉDICOS X VIOLÊNCIA

Por: Antônio Pinheiro e Waldir Cardoso*

Manchete do jornal O Liberal, de Belém (PA), na semana passada, confirma que os médicos em seu trabalho também acusam sentir na pele o aumento da violência que amedronta o cidadão brasileiro.

Em constatação da própria Secretaria Municipal de Saúde (SESMA) de Belém, as demissões tem desfalcado o atendimento principalmente na periferia, em vista destas ocorrências, deixando mais uma vez como vítima maior a população excluída e desprotegida pelo poder. Como se já não bastasse o descaso com as condições de saneamento, agora ficam também sem acesso ao atendimento médico.

Nos anos de 2007 e 2008, os casos de médicos agredidos e até assassinados em pleno trabalho ou no deslocamento antes ou após aumentaram consideravelmente, culminando com movimento nacional deflagrado pela associação de médicos peritos, inclusive com paralisações que pleiteavam mais segurança no que foram apoiados pelas entidades médicas nacionais. Os médicos que em seu labor contaram sempre com maior consideração e respeito até pela imagem cultuada da profissão, hoje vêem-se acuados não só nos postos da periferia como refere a matéria jornalística, mas também em seus consultórios e clínicas nas áreas consideradas mais nobres das grandes cidades. Aí estão os estabelecimentos de saúde com grades, corpo de guardas, câmeras e alarmes. Sobressaltados ficam os médicos, funcionários, pacientes e acompanhantes, tornando o ambiente de trabalho onde se necessita de concentração e tranqüilidade, verdadeiras fortalezas, com portas eletrônicas a cada passo. Relatos são cada vez mais freqüentes de assaltos a mão armada e até alguns com ameaças físicas. Muitos médicos preferem edifícios de conjuntos de salas tentando com isto a diminuição destas ameaças, o que nem sempre é maior garantia. O que fazer? Como continuar no trabalho, seja publico ou privado nestas condições? Como exigir do médico que precisa exercer atividade em áreas de risco que se exponha mais do que já faz, ao trabalhar a maioria das vezes sem condições adequadas, só com seu conhecimento, o estetoscópio e o jaleco branco?

Somos todos hoje, médicos ou não, cidadãos temerosos, com olhares desconfiados, reféns de um mesmo sistema que represou a miséria e a falta de cuidado com muitas gerações e que hoje sofre as conseqüências destes atos. Devemos todos assumir nossas responsabilidades, mesmo que indiretas, sob pena de termos um futuro mais sombrio ainda para nossos filhos. Cobrar dentro de nosso pequeno universo social com reclamações e imprecações não é suficiente. É preciso mais. É preciso que nos unamos todos em exercício de cidadania para discutirmos e decidirmos nossos direitos sociais e políticos. Dissociados do ruído que vem desta distensão humana e que nos põe uns contra os outros, seremos tão descuidados quanto os que não viram lá atrás a possibilidade deste enfrentamento cruel.

É visível a preocupação dos diversos setores da sociedade demonstrada pelos grupos de discussão e estudos sobre as questões aqui abordadas. Tentativas constantes são encontradas na rede de comunicação mundial numa troca de opiniões e enriquecimento político, como se fosse um preparo demorado para uma verdadeira remontagem da carcomida e sempre repetitiva estrutura dos poderes constituídos. Espasmos tímidos de uma necessária renovação de pensamentos e principalmente de nomes (voltam Sarney e Temer) são sufocados com promessas vãs e bolsas qualquer coisa.

É hora de começarmos a ver os acordos espúrios feitos para obtenção de cargos no viciado círculo político, criando uma espécie de ética amoral, válida só para o vizinho e nunca para todos. Participação é a palavra antiga e sempre necessariamente lembrada nestes momentos e que deve ser motivo de reflexão para todos, infelizmente movidos agora pela insegurança e pelo medo.

A categoria profissional médica, sempre considerada uma das mais importantes dentre todas, tem obrigação de liderar através de suas entidades oficiais um movimento em busca da paz social e de um futuro saudável, seja no exercício da atividade responsável e humanizada inerente ou na conscientização em seu convívio do dia a dia.

Ação e participação são o que o momento exige dos médicos e de suas entidades representativas. Procurar um caminho é urgente medida.

* Antônio Pinheiro é conselheiro do Conselho Federal de Medicina pelo estado do Pará. Waldir Cardoso é diretor do Sindicato dos Médicos do Pará.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Tire suas dúvidas sobre a gripe suína

Infectologistas em todo o mundo estão trabalhando para responder a casos de gripe suína no México, nos Estados Unidos e no Canadá, além de suspeitas em outros países. Entenda o que é a doença e quais seus riscos.

O que é a gripe suína?

É uma doença respiratória que atinge porcos causada pelo vírus influenza tipo A, que tem diversas variantes. Algumas das mais conhecidas são a H1N1, a H2N2 e a H3N2.

O atual surto, que teve início na América do Norte, é provocado por uma versão mutante do vírus H1N1 capaz de infectar humanos e se propagar de pessoa para pessoa.

Quais são os sintomas da gripe suína?

Os sintomas da gripe suína em humanos parecem ser semelhantes aos produzidos por gripes comuns, sazonais.

Esses sintomas incluem febre, tosse, garganta inflamada, dores pelo corpo, sensação de frio e fadiga.

Esta doença no México é um novo tipo de gripe suína?

A Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmou que alguns dos casos registrados são formas não conhecidas da variedade H1N1do vírus Influenza A.

Ele é geneticamente diferente do vírus H1N1 que vem atacando humanos nos últimos anos e contém DNA associado aos vírus que causam as gripes aviária, suína e humana, incluindo elementos de viroses europeias e asiáticas.

Os vírus da gripe têm a capacidade de trocar componentes genéticos uns com os outros, e parece provável que a nova versão do H1N1 resultou de uma mistura de diferentes versões do vírus, que podem normalmente afetar espécies diferentes no mesmo animal hospedeiro.

Os porcos normalmente oferecem uma condição boa para que esses vírus se misturem.


O quanto as pessoas devem se preocupar?

Quando um novo tipo de vírus da gripe aparece e adquire a capacidade de ser transmitido de pessoa para pessoa, é monitorado de perto para verificar seu potencial de gerar uma epidemia global, ou pandemia.

A Organização Mundial da Saúde advertiu que, considerados em conjunto, os casos no México e nos Estados Unidos podem gerar uma pandemia e afirma que a situação é séria.

Porém os especialistas dizem que ainda é muito cedo para avaliar completamente a situação.

Atualmente, eles dizem que o mundo está mais perto de uma pandemia do que em qualquer época após 1968.

Ninguém conhece todo o impacto potencial de uma pandemia, mas especialistas advertem que poderia custar milhões de vidas em todo o mundo.

A pandemia de gripe espanhola, iniciada em 1918 e também causada por um tipo de vírus H1N1, matou 50 milhões e infectou 40% da população mundial.

Mas o fato de que em todos os casos registrados nos Estados Unidos os sintomas eram leves pode ser encorajador.

Isso sugere que a gravidade do foco no México pode ser resultante de algum fator específico ligado à localização - possivelmente um segundo vírus não relacionado que circula na comunidade.

Outra hipótese é de que as pessoas infectadas no México podem ter buscado tratamento num estágio posterior da doença.

Também pode ser o caso de que a forma do vírus circulando no México seja ligeiramente diferente da registrada em outros lugares, mas isso só poderá ser confirmado por análises de laboratório.

Também há a esperança de que, como os seres humanos são normalmente expostos a formas do H1N1 por meio de gripes sazonais, nossos sistemas imunológicos já estão preparados para combater a infecção.

Porém o fato de que muitas das vítimas serem jovens aponta para algo incomum. As gripes sazonais normais tendem a afetar mais os idosos ou os bebês.

O vírus pode ser contido?

O vírus parece já ter começado a se espalhar pelo mundo, e muitos especialistas acreditam que a sua contenção, numa era de viagens aéreas fáceis, deverá ser muito difícil.

A gripe suína pode ser tratada?

As autoridades americanas dizem que duas drogas geralmente usadas para tratar casos de gripe, Tamiflu e Relenza, se mostraram úteis no tratamento de casos que aconteceram até agora.

Porém esses remédios devem ser ministrados nos estágios iniciais da doença para terem efeito.

O uso desses medicamentos também torna mais difícil que pessoas infectadas passem o vírus para outros.

Ainda não está claro que efeito as atuais vacinas podem ter para oferecer proteção contra o novo tipo do vírus, já que ele é geneticamente diferente de outros tipos.

Uma vacina foi desenvolvida em 1976 para proteger os seres humanos de um tipo de gripe suína.

Porém a vacina provocou efeitos colaterais graves, com mais mortes por causa da vacina do que por causa do foco de gripe.

O que eu devo fazer para me proteger?

Qualquer pessoa com sintomas de gripe e que podem ter tido contato com o vírus da gripe suína, como aqueles que moram em áreas afetadas do México ou viajaram para o país, devem procurar ajuda médica.

Mas os pacientes não devem ir a clínicas médicas, para evitar transmitir a doença para outras pessoas. Em vez disso, elas devem ficar em casa e contactar seus serviços de saúde para receber recomendações.

Nesta segunda-feira, a União Europeia recomendou aos seus cidadãos que evitem viajar às áreas afetadas pela doença.

Que medidas posso tomar para evitar a infecção?

Evite contato com pessoas que parecem não estar bem e que tenham febre e tosse.

Medidas comuns para se evitar infecções e de higiene manual podem ajudar a reduzir a transmissão de viroses, incluindo a gripe suína em humanos.

Estas medidas podem ser simples como cobrir a boca e o nariz quando tossindo ou espirrando, usar um lenço de papel quando possível e jogando-o fora logo após o uso.

É importante também lavar as mãos frequentemente com água e sabão para evitar que o vírus se propague de suas mãos para a face ou para outra pessoa. Outra providência é limpar a maçaneta de portas com frequência, usando produtos normais de limpeza.

Ao cuidar de uma pessoa gripada, o uso de máscara cobrindo o nariz e a boca diminui o risco de transmissão.

É seguro comer carne de porco?

Sim, não há evidência de que a gripe suína pode ser transmitida ao se comer carne de animais infectados.

Mas é essencial que a carne tenha sido cozida direito. Uma temperatura acima de 70°C mataria o vírus.

E a gripe aviária?

O tipo de vírus da gripe aviária responsável pela morte de algumas centenas de pessoas no sul da Ásia nos últimos anos é diferente do da gripe suína.

O vírus da atual gripe suína é o H1N1 e o da gripe aviária é oH5N1.
Especialistas temem que o H5N1 tem o potencial de gerar uma pandemia por causa de sua capacidade de mutação rápida.

Mas até agora, ela permanece de forma geral uma doença de pássaros.

Os humanos infectados, sem exceção, trabalhavam em contato próximo com pássaros e casos de transmissão entre humanos são extremamente raros. Não há indícios de que o H5N1 tem a habilidade de ser transmitido facilmente de uma pessoa à outra.

BBC BRasil


terça-feira, 7 de abril de 2009

NICE-SUGAR : controle glicêmico

Intensive versus Conventional Glucose Control in Critically Ill Patients.
NICE-SUGAR Investigators - Australia/Nova Zelândia
N Engl J Med 2009;360:1283-1297

Em 2001, um artigo na mesma revista, do grupo canadense da pesquisadora G van den Berghe, foi publicado e mudou a rotina do controle de glicemia de todo o mundo. Era o controle glicêmico em níveis entre 80 e 110 mg/dl em pacientes cirúrgicos. Alguns anos se passaram sem que alguém conseguisse publicar resultados semelhantes. Em 2004, outro grupo na Clínica Mayo conseguiu benefícios com níveis abaixo de 140 mg/dl. Em 2006, o grupo canadense mostrou benefícios (menores) em pacientes clínicos com internação maior que 3 dias.
No entanto, intensivistas alemães mostraram que hipoglicemia era muito mais comum nos pacientes com controle estrito, e que isso parecia estar influenciando os resultados (VISEP, N Engl J Med 2008). Em pacientes neurológicos, o controle glicêmico estrito é prejudicial, como ficou demonstrado em 2008 em outro trabalho, já que os níveis de glicose no líquor pode ser bem menor que os sanguíneos.
Neste estudo multicêntrico, mais de 6000 pacientes foram incluídos. A mortalidade em 90 dias foi menor no grupo controle (glicemia até 180 mg/dl): 24.9 vs 27.5%, odds 1.14 - IC 95% 1.02 a 1.28). Não houve diferença de mortalidade entre pacientes clínicos ou cirúrgicos. Hipoglicemia grave (abaixo de 40) foi muito mais comum no grupo de controle estrito: 6.8 vs 0.5%. E não houve diferença na necessidade de suporte renal ou dias de ventilaçaõ mecânica e de internação hospitalar.
Em relação aos procedimentos, a quantidade de calorias foi a mesma nos 2 grupos, e isto pode ter feito diferença na maior incidência de hipoglicemia. O grupo de controle estrito recebeu corticóides mais frequentemente (34.6 vs 31.7% nos controles - p = 0.02).
Na análise de subgrupos, apenas trauma e uso de corticóides podem ter diferença na mortalidade em 90 dias. Nestes grupos, permanece dúvida sobre a terapia.
Um resumo dos principais estudos do assunto foi feito no editorial na mesma revista (tabela abaixo).
De qualquer maneira, o que o NICE-SUGAR mostra é que não parece haver benefícios em reduzir a glicemia de 140-180 para 80-110 em uma população mista de pacientes graves.

Publicado em Artigos Comentados em Medicina: André



domingo, 29 de março de 2009

HUMANIZAÇÃO EM UTI

O núcleo familiar deve ser compreendido como uma unidade, um sistema que possui leis internas de funcionamento e organização. Quando um membro da família é hospitalizado ou fica doente, o equilíbrio e os papéis ocupados por cada um são afetados. A doença grave pode precipitar a desestruturação familiar e eclodir antigos conflitos que permaneciam latentes, diante disto é necessário entender as reais necessidades dos familiares para poder auxiliá-los.

A família deve ser vista como um paciente secundário para a instituição hospitalar. Muitas vezes esta chega na UTI insegura, desconfiada e com medo, sintomas esses compreendidos pela falta de vínculo e informação. Faz-se necessário nesse primeiro contato um acolhimento humanizado juntamente com a compreensão dos sentimentos trazidos pelo sistema familiar. Cuidar do “paciente secundário” é uma sobrecarga para a equipe, porém um contato inicial bem sucedido poderá minimizar conflitos futuros.

A situação de crise vivida pelos familiares de pacientes internados em UTI pode ser exemplificada pela desorganização das relações interpessoais devido ao isolamento do paciente, problemas financeiros e medo da perda da pessoa amada. Halm et cols (1993) demonstraram que o nível de estresse na família é mais alto no momento da admissão, começando a se estabilizar no sexto dia e decaindo consideravelmente perto do 28º dia. Estes achados sugerem que a intervenção com os familiares deva ocorrer na fase inicial da internação.

Para Wallace (1989) refere que o tempo requerido para o ajustamento familiar após a internação em UTI é influenciado pelas seguintes características: 1) idade e importância do paciente para a família, 2) número de membros da família diretamente envolvidos; 3) relações individuais dentro da família; 4) quantidade de estresse interpessoal no momento da crise; 5) estabilidade psicológica geral do sistema familiar.

E importante que se compreenda que as crises e desajustes no sistema familiar são comuns nas UTIs e estes precisam se sentir compreendidos, seguros e com suas dúvidas esclarecidas. Se antecipar e promover o “holding” familiar, poderá impedir que este desajustamento seja projetado para a própria equipe.

Psic. Raquel Pusch de Souza
Curitiba - PR
Presidente do Dept. Psicologia AMIB

sexta-feira, 13 de março de 2009

Ruídos: um desafio a ser vencido

Em meados do século XVIII, a Revolução Industrial consistiu em um conjunto de mudanças tecnológicas com um profundo impacto no processo produtivo, tanto econômico quanto social. Iniciada na Inglaterra, a Revolução teve ao longo do processo, a substituição da era agrícola. A enxada foi superada pela máquina e as transformações ocorreram e ocorrem até o vigente sistema que conhecemos. Com o vindo da tecnologia, a poluição sonora ambiental tornou-se um problema e torna-se hoje onipresente e beira o intolerável. Em 1973, Falk e Woods, em uma publicação no New England, garatiam que estavamos totalmente expostos aos ruídos, afirmando que não há locais livres. Há ruídos presentes durante nossas raras e modestas horas de laser, em casa, nas ruas, no trabalho… Enfim, estamos constantemente expostos.E os Hospiatais? E a Terapia Intensiva? Causaria surpresa acharmos que os hospitais estariam livres. Publicações não tão recentes, feitas por Kam e colaboradores, em publicação da Anaesthesia, alertavam que devido aos avanços tecnológicos, o níveis de ruídos potencialmente danosos estariam aumentando. Além do mais, a grande maioria dos hospitais estão localizados em áreas expostas a fontes de ruído externo, como o trânsito. Possivelmente, consideramos somente os fatores externos, mas muito do ruído no hospital provém mais de dentro, do que de fora desse ambiente. Para termos uma idéia, as principais causas de ruído em UTI snao os equipamentos e a conversação entre a equipe multiprofissional, que acabam prejudicando tanto as funções laborativas da equipe, quanto a recuperação dos pacientes internados. Sabemos que a tecnologia está imbuída no cotidiano da Terapia Intensiva, sendo quase um sinônimo do cuidar. Habitualmente, são empregados equipamentos cada vez mais digitalizados e providos de alarmes acústicos, essenciais para alerter-nos de mudanças nas condições hemodinâmicas ou mau funcionamento dos aparelhos. Dentre inúmeros exemplos de geradores de ruído, citam-se: aspiradores, monitores, oxímetros, ventiladores, saídas de oxigênio e ar comprimido, computadores, impressoras, aparelho de fax e telefones, celulares, movimentação de móveis, carrinho de banho, máquina de diálise, o diálogo dos profissionais entre si e com os pacientes. Assim, como mostrou o estudo Noise in ICU (Intensive Care Medicine), esse ambiente, que deveria ser silencioso e tranqüilo, torna-se ruidoso e estressante, aumentando a ansiedade e a percepção dolorosa do paciente, diminuindo o sono e prolongando a convalescença. O ruído afeta o estado psicológico dos indivíduos que estão dentro da UTI, causando perturbação do sono e desorientação nos pacientes, além de aumentar a ansiedade nos colaboradores. Topf, afirma que o ruído é uma das causas que podem desencadear o Burnout na equipe. Quanto aos níveis recomendáveis de ruído, a United States Environmental Protection Agency rpreconiza que os níveis de ruído em hospitais não devem exceder 45 dB no período diurno e 35 dB no período noturno. Já a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT-NBR) recomenda 35 a 45 dB como níveis aceitáveis para diferentes ambientes hospitalares. Estes limites são tranqüilamente e freqüentemente ultrapassados, gerando distúrbios fisiológicos e psicológicos. Desta forma, determinar a amplitude do ruído da UTI é fundamental para que se possa quantificar o problema e propor medidas que visem sua diminuição.Como os níveis de ruído variam de maneira aleatória no tempo, costuma-se medir este nível equivalente (Leq), expresso em dB, que representa a média da energia sonora durante um intervalo de tempo. Minckley (Nurs Res) afirma que geralmente os níveis de ruído em um hospital encontra-se entre 40 e 50 dB; e no ambiente ruidoso, como a terapia intensiva, estaria na margem de 60 a 70 dB. Vários estudos têm demonstrado índices elevados de ruído. Em uma UTI na Áustria, esse índice manteve-se entre 60 e 65 dB. No hospital da Universidade de Valencia, Espanha os níveis sonoros excederam 55 dB, e 68,0 na UTI de um hospital em Manitoba, Canadá. Tais dados mostra-nos que a poluição sonora na Terapia Intensiva não é apenas um problema limitado a um único país ou a uma única cultura. Os níveis de ruído também podem ser analisados através das medidas de suas fontes geradoras como: discussões da equipe hospitalar e quedas de objetos no chão (principalmente metálicos) atingem valores de 75 a 92 dB, o alarme dos respiradores registram 49 a 72 dB. Grumet e colaboradores em artigo ao New England, sugerem que pacientes submetidos a internações em UTI podem apresentar distúrbios comportamentais, entre eles a "Psicose de UTI", que são exacerbados pela privação do sono e gerados por condições ambientais, entre eles a exposição a ruídos contínuos. Cabe ressaltar, que medidas simples como fechar as portas, falar suavemente e desligar alarmes assim que possível, podem reduzir drasticamente os níveis de ruído. Com isso, a contribuição de cada um deve ser estabelecida de modo que medidas mais eficientes para a redução de ruídos possam ser adotadas, pois ofertar uma assistência que provenha a melhor tecnologia de saberes, procedimentos e equipamentos, conjugada ao acolhimento das necessidades intersubjetivas dos pacientes e dos profissionais, além do reconhecimento das lógicas culturais dos familiares (que permitem a interpretação da hospitalização), sendo hoje um dos grandes desafios da atenção em saúde.

Renata Andréa Pietro P. VianaPresidente do Departamento de Enfermagem AMIBChefe do Serviço de Terapia Intensiva HSPE

sábado, 21 de fevereiro de 2009

THE CHECKLIST

Esse artigo foi publicado na revista The New Yorker em 2007. O autor começa com a descrição de uma criança de três anos que ficou submersa na água gelada dos Alpes por quase quarenta minutos, sendo resgatada em hipotermia grave e em estado desesperador - foi necessário reaquecimento meticuloso, circulação extracorpórea, monitorização da pressão intracraniana e diálise - e como estamos envolvidos em complexidade dentro da medicina intensiva sem nem ao menos nos darmos conta.
A cada dia, nos EUA, 90.000 pessoas estão internadas em terapia intensiva. Em média, 178 ações são realizadas em cada paciente por dia por médicos e enfermeiros. Se apenas 1% dessas ações for errônea, são cometidos 2 erros/paciente/dia. Em uma conta simples, podemos esperar 180000 erros/dia em pacientes de terapia intensiva nos EUA.
Em Outubro/1935 no Campo Aéreo Wright em Dayton, Ohio, houve um vôo de demonstração do modelo 299 da Boeing - que seria o B-17. A demonstração seria apenas figurativa, porque o avião era tão superior aos concorrentes que era certa a sua compra pelo exército dos EUA. Logo após a decolagem, o avião caiu, matando 2 dos 5 tripulantes, incluindo o piloto. Por que? Porque era tão complexo, tão cheio de comandos e ações, que tornou-se impossível para um piloto dar conta de todas essa complexidade dentro do avião. A Boeing quase foi a falência após esse episódio.
A partir disso, foi instituído um checklist com orientações padronizadas de decolagem, vôo e aterrissagem. Após o início do checklist, os pilotos puderam voar mais de 2.896.819 Km sem um único acidente.
Será que a medicina intensiva já não entrou na sua fase B-17? Quanta complexidade um profissional de saúde pode lidar sem causar erros? E sob pressão, cansaço, stress? Qual o grau de iatrogenia que estamos causando aos nossos pacientes por não adotar práticas padronizadas?
E, apenas para concluir, a menina vítima de hipotermia sobreviveu sem seqüelas - em grande parte, graças a adoção de um recém-instituído checklist para tratamento de pacientes vítimas de hipotermia grave.

Cássia Righy



quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Projeto Cooperativas de Trabalho

Senadora recebe entidades para discutir o tema

A senadora Serys Slhssarenko (PT-MT) recebeu nesta terça-feira (10/02) a Comissão de Cooperativismo Médico do Conselho Federal de Medicina. A Comissão - composta pelo CFM, Fenam e AMB - solicitou uma agenda de trabalho para discutir o PLC 131/2008, que dispõe sobre a organização e o funcionamento das Cooperativas de Trabalho.

O coordenador da Comissão, Hiran Gallo, destacou a receptividade da senadora em dialogar com as entidades médicas, colocando a sua assessoria para discutir o projeto como um todo.

Atualmente no Brasil estima-se que mais de 150 mil médicos estejam ligados às cooperativas de trabalho médico.

Fonte: Conselho Federal de Medicina - CFM

Em: 13/2/2009



Regionais e Cooperativas

Parceria bem sucedida

Caso bem-sucedido de trabalho conjunto é o da Sociedade Amazonense de Terapia Intensiva (SATI) com a Cooperativa Amazonense de Terapia Intensiva (COOPATI), que presta serviço para as UTIs pública de Manaus (AM). O Dr. Wilson de Oliveira Filho, presidente da SATI, que concorda com as vantagens citadas pela Dra. Dyanne, acrescenta que a parceria, além de favorecer a educação continuada, pois a cooperativa financia os cursos aos cooperados, permite a uniformização de condutas dentro das Unidades de Terapia Intensiva. "Temos um grupo de médicos coeso, que atua em sintonia, com procedimentos padronizados, que têm como consequência a melhoria na qualidade do atendimento aos pacientes críticos", explica.

O Dr. Eugênio Tavares, presidente da COOPATI, concorda com o presidente da SATI e destaca que a parceira, que promove uma integração para que as normas estabelecidas na Terapia Intensiva sejam implantadas e obedecidas, oferece melhoria nas condições de trabalho e na formação profissional. "Além disso, incentivamos a titulação de todos os cooperados e nos empenhamos em informar as outras regionais das necessidades e realidade da Terapia Intensiva em Manaus".

O presidente da COOPATI ressalta ainda que, atualmente a Terapia Intensiva (Adulto e Criança), está consolidada em Manaus (AM). "Esse fator deve-se a um trabalho sério, realizado com responsabilidade, junto aos médicos, órgãos governamentais e entidades civis, que mostra à sociedade a grande necessidade e a importância de salvar vidas e ou diminuir sofrimento de nossa população", finaliza o Dr. Tavares.



sábado, 7 de fevereiro de 2009

Denúncia: PSF serve de moeda política

Sem fiscalização ou prestação de contas, prefeitos eleitos e gestores municipais da saúde mandam e desmandam na contratação e demissão de profissionais que atuam no Programa de Saúde da Família (PSF) pelo interior do estado. O programa teria se tornado moeda de troca política e com a mudança de mandatários na gestão municipal, a afinidade partidário é o único critério para a permanência do profissional. Quem faz a denúncia é o presidente do Sindicato dos Odontologistas do RN (Soern), Ivan Tavares de Farias Júnior. ‘‘É preciso parar com essa prática centenária de amedrontar os profissionais com a demissão só porque eles têm outra opção política. Ninguém está preocupado com o paciente’’, afirma.

‘‘O profissional que atua no PSF passou a ser massa de manobra dos políticos. Os sindicatos não podem ficar parados diante dessa situação de Prefeituras demitindo funcionários porque tem apadrinhados querendo ocupar essas vagas. Muitos são postos para fora, em todas as categorias, e a população não reage. Queremos provocar uma reação política para que as autoridades tomem uma atitude e impeçam esse abuso de poder’’.

De acordo com o dirigente, na maioria dos municípios, esses profissionais são contratados por meio de um contrato de prestação de serviço, de caráter temporário e sem vínculo empregatício, renovados anualmente, o que não lhes garantiria direitos trabalhistas. ‘‘Eles não são concursados, mas existe sim o vínculo empregatício. Estamos fazendo um trabalho com o Ministério da Saúde para que os prefeitos paguem os direitos trabalhistas dessas pessoas’’.

O chefe da divisão do Ministério da Saúde no Rio Grande do Norte, Antônio Francisco Araújo, explica que não faz parte da competência da divisão a fiscalização dos gestores do PSF. ‘‘Sabemos que essa prática continua no interior do estado, fazendo com que os profissionais fiquem a mercê de qualquer gestor ou prefeito. A questão é: será que essas pessoas estão tendo suas carteiras de trabalho assinadas e os seus direitos trabalhistas garantidos? Na minha opinião, isso não pode existir, é um erro grave, pois interrompe o bom andamento do serviço desenvolvido na cidade. Os profissionais que chegam não sabem como funciona o PSF, todo trabalho tem que ser iniciado novamente’’.

A assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) informou que o órgão não tem nenhuma gerência sobre o PSF, oferecendo apenas suporte ao programa, uma vez que o PSF é de um pacto direto entre os municípios envolvidos e o Ministério da Saúde.

FUNCIONAMENTO

O Programa de Saúde da Família foi lançado pelo Ministério da Saúde em 1994, como política nacional de atenção básica, fazendo frente ao modelo tradicional de assistência primária baseada em profissionais médicos especialistas. O programa prevê uma equipe multiprofissional responsável por, no máximo, 4 mil habitantes. Esta equipe, composta minimamente por médico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem (ou técnico de enfermagem) e agentes comunitários de saúde.

Ivan Tavares explica que médicos e enfermeiros participam apenas do PSF, mas que os odontologistas podem optar ainda por atuar nos Centros de Especialidades Odontológicas (CEO), frutos do programa federal Brasil Sorridente. ‘‘Para esses municípios, o valor desse atendimento feito pelo PSF ou no CEO é muito maior que aquele que seria feito num posto de saúde. A amplitude do atendimento e o ganho para a população é incalculável. O município se beneficia com o programa em si, voltado para a prevenção da saúde e propaganda ostensiva contra o câncer’’.



Fonte: Fabio Cortez - Diário de Natal

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

DEXMEDETOMIDINE x MIDAZOLAM

Dexmedetomidine vs Midazolam for Sedation of Critically Ill Patients - A Randomized Trial
Riker RR, Shehabi Y, Bokesch PM, et al. for the SEDCOM (Safety and Efficacy of Dexmedetomidine Compared with Midazolam) Study Group.
JAMA. 2009; 301(5): (doi:10.1001/jama.2009.56).

Neste ensaio randomizado, quando compara-se midazolam com dexmedetomidina para se atingir um alvo de sedação para RASS -2 até +1, viu-se que o grupo da dexmedetomidina evoluiu com menos delirium, menos tempo em ventilação mecânica, menos taquicardia e hipertensão.
O tempo na sedação alvo excedeu 75% do tempo com ambas as medicações. O único efeito adverso relatado da medicação foi bradicardia.
Esse artigo mostrou que, mesmo quando aplicadas as regras ótimas de sedação (titulação da dose, despertar diário), a dexmedetomidina mostrou-se superior ao midazolam como sedativo. Outro aspecto interessante é que 61% dos pacientes utilizaram dose superior aos 0,7 mcg/Kg/h preconizados pelo fabricante (chegando a dose 1,4 mcg/Kg/h), sendo essa dose segura para a sedação de pacientes críticos.
No editorial escrito por Kress, ele diz que: "With the demonstration of the safety of dexmedetomidine at higher doses and for longer periods, clinicians now have a widened choice of sedatives and should always consider not only the need for sedation but also the possible clinical implications of the choice of sedative."

Cássia Righy

VII Congresso Norte-Nordeste de Medicina Intensiva

03 a 05 de junho de 2009 - São Luiz - Maranhão

Informações e inscrições

Telefone: +55 (98) 3268-4147 – ramal 04

E-mails:

sacadaeventos@uol.com.br
comissaocientificaconnemi2009@gmail.com
comissaoorganizadoraconnemi@gmail.com