"Pacientes recebendo nutrição parenteral não têm demonstrado maior risco de morte, porém elevado risco de complicações infecciosas. À hiperglicemia e à maior resistência insulínica atribuem-se esta maior incidência de desfechos desfavoráveis [Dissanaike et al. Crit Care 11:R114]. Entretanto, em um estudo observacional com 200 pacientes de uma UTI Geral, em uso de NPT e sob controle estrito da glicemia, Dissanaike et al. demonstraram ser o risco de infecção de corrente sanguínea (ICS) diretamente proporcional ao aporte calórico, independentemente dos níveis glicêmicos. Pacientes recebendo >40 kcal/kg/dia tem risco 4 vezes maior de infecções de corrente sanguínea se comparados aos com aporte overfeeding, ou hiperalimentação - também apresentam maior risco de ICS. [Surpreende que] episódios de hiperalimentação frequentemente não são deliberados: resultam simplesmente de calorias adicionais ofertadas com agentes sedativos (p.ex.: propofol) ou da diluição de drogas em soro glicosado. [...] Esse estudo demonstra o quanto subestimamos a hiper-oferta calórica na prática diária e levanta importantes questionamentos a respeito da eficácia do controle glicêmico rigoroso per se na redução do risco de morbidade infecciosa; não é o caso salvo reduza-se também o grau de overfeeding. ALÉM DISSO, O CONTROLE GLICÊMICO ESTRITO PODE CRIAR A FALSA SEGURANÇA DE GLICEMIAS "NORMAIS" ENQUANTO A HIPERALIMENTAÇÃO - NO PASSADO EVIDENTE NA FORMA DA HIPERGLICEMIA - PASSA HOJE DESPERCEBIDA".
Referência:
Loh NHW, Griffiths RD. The Curse of overfeeding and the blight of underfeeding. Yearbook of intensive care medicine 2009, pag. 675, Ed. Springer.
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