sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Prova de Titulo - Categoria Especial

A Comissão de Título de Especialista tem trabalhado para acelerar todos os processos que antecedem - e necessários - para a realização da Prova de Título de Especialista 2010, que acontecerá em outubro, durante o XV Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva.

No entanto, a AMIB não poderia deixar de oferecer a oportunidade para a obtenção do título àqueles que já exercem a função há algum tempo. Pensando nesse importante time de intensivistas, elabora uma avaliação especial composta por uma prova teórica e uma oral, que analisa casos clínicos, que esse ano ocorrerá nos dias 26 e 27 de junho, em São Paulo.

As inscrições estarão abertas a partir do dia 08 de março e vão até o dia 15 de maio, por meio de formulário publicado no site da AMIB (www.amig.org.br)

Confira aqui o Edital de Convocação do Exame de Suficiência Categoria Especial para a Obtenção do Título de Especialista em Medicina Intensiva Adulto.

Biomarcadores na Sepse - usar ou não usar?

O uso de biomarcadores vem marcando presença nas discussões pertinentes à medicina intensiva e também à Sepse, tanto que foi destaque na programação do 39Th Critical Care Congress, que aconteceu no mês de janeiro, em Miami e também marcou presença no II Pós-SCCM, que foi apresentado pelo Dr. José Eduardo Castro, do Rio de Janeiro.

Com a pergunta "Devemos usar biomarcadores para guiar o cuidado à Sepse", o Dr. José Eduardo, iniciou a apresentação de sua palestra dentro do tema Infecções na UTI.

Biomarcadores são indicadores de processos biológicos normais que podem estar alterados na doença e seu uso deve estar no Prognóstico: o paciente está doente?, Diagnóstico: o que deve ser feito? e na Monitorização: a terapia está funcionando?

No diagnóstico os biomarcadores identificam um processo modificável, prediz resposta diferencial ao tratamento e são universalmente utilizados em Terapia Intensiva. Na Monitorização detectam uma resposta, permitem a titulação e aperfeiçoamento do tratamento.

Um biomarcador deve ser capaz de avaliar a resposta à terapia, possibilitar a adequação do tratamento de acordo com a resposta, assim como a otimização da terapia. No IAM, temos excelentes marcadores diagnósticos. Pelo ECG sabemos se o paciente tem infarto ou angina. Mas a grande pergunta é: e na Sepse?

Pelo conteúdo apresentado durante o SCCM e Pós-SCCM, na Sepse, o marcador mais frequentemente utilizado, o número de leucócitos, tem valor questionável. Desta forma, centenas de marcadores têm sido, então, avaliados em pacientes graves e sua importância residiria na capacidade de avaliar respostas à terapêutica. Também na Sepse, a procalcitonina tem sido a mais estudada, assim como a PCR, e já são numerosos os estudos que determinaram o valor cada vez maior da procalcitonina como método auxiliar na beira do leito.

Na Sepse, isso se torna muito mais complicado. Somente no ano de 2009, centenas de publicações contemplaram esses marcadores. E apenas em um deles (Shapiro e colaboradores), 150 biomarcadores foram avaliados. Estes autores descreveram NGAL, proteína C, IL-1ra e o escore SEPSIS, como os de maior acurácia. O de maior destaque, na atualidade, parece ser a procalcitonina, com inúmeras publicações. Outro biomarcador, o clareamento do lactato, parece ser mais importante que a ScvO2, segundo estudo recente.

Em relação à capacidade de avaliar risco de morte na Sepse, outros determinantes foram considerados, como idade e presença de comorbidades.

Na conclusão de sua palestra o Dr. José Eduardo, apresentou as seguintes considerações: Um biomarcador pode informar e refinar uma decisão terapêutica; O seu valor prognóstico é limitado ou não existe e Biomarcadores são interpretados no contexto de múltiplos dados clínicos.

Fonte: AMIB

ANVISA - RDC nº 07, de 24 de fevereiro de 2010

Publicado ontem (25/02/2010) no Diário Oficial da União (DOU) os requisitos mínimos para funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva (RDC). Temos agora, depois de muita luta, um documento que será referência na nossa especialidade. Pode não ter atendido a todas as nossas reivindicações, mas um grupo permanente continuará trabalhando para melhorar o documento.

ANVISA - RDC nº 07, de 24 de fevereiro de 2010 - dispõe sobre os requisitos mínimos para funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva e dá outras providências:
- Instrução Normativa nº 04, de 24 de fevereiro de 2010 - dispõe sobre os indicadores para avaliação de Unidades de Terapia Intensiva

Considero o documento publicado um marco para a especialidade!

Parabéns a todos os que trabalharam na formulação da RDC e para que a mesma fosse publicada.

Parabéns para todos nós intensivistas!!

Forte abraço,
Flavia